sexta-feira, 28 de maio de 2010

The End.

Algumas vezes não me cabe a vontade de quebrar um copo, algum ato concreto da minha loucura, quebrar um lápis que seja.
Não me cabe a vontade de jogar tudo para o alto, jogar papéis, retratos, celulares, sonhos.. Me transborda essa cócega de quem precisa cometer erros, ser doida, gritar, correr.
Chego a não aguentar esse peso que gostaria de jogar pelo penhasco abaixo, essa coisa mal resolvida aqui dentro que me dá mais medo do que qualquer outra coisa.
Nada me dá mais medo do que isso, essa coisa inacabada que trago comigo, essa história sem um final (feliz ou triste), esse tempo que passa e eu já não sei se quero que ele corra ou pare.
Nenhum medo maior do que aquilo que vem pela frente, medo talvez de que ainda venha mais lágrimas, não quero lágrimas, já me enjoei delas, isso é sério.
Não quero pedir muito, não quero pedir que meus sonhos se tornem realidade, nem mesmo que as coisas aconteçam da forma que planejei, quero apenas que tenha um fim.
Qualquer conto de fadas tem um final, o meu não precisa ter aquela frase típica, mas se tiver o The End, isso já me dá forças para escrever outra história, talvez com menos personagens ruins, sem maças envenenadas. Nem preciso ser uma princesa, na verdade só quero levar uma vida comum, porque se não há amor nem príncipe, que eu tenha um cavalo branco e seja feliz.


- Rafaela Alves.

Um comentário:

  1. Sempre haverão principes, princesas, cavalos e bruxas.
    Mas há principes que viram sapos, princesas que viram bruxas e bruxas que se transformam em carruagens.
    Não importa se o personagem é bom ou ruim quando você decide ser a protagonista da sua própria história..deixa de contar, para viver.

    E viver sua história é cavalgar a vida em pêlo, segurando-a pela crina, então, você não vai precisar esperar um cavalo branco, já terá aprendido a domar o dragão.

    beijos cintilantes princesa

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