sexta-feira, 6 de setembro de 2013


   A vida é um latifúndio, e os recursos a serem explorados são tão férteis quanto o adubo que faz a árvore frutificar.


Rafaela Alves

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Como são vívidos os dias ao teu lado, um segundo de distância já é saudade.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Ela sabia sobre a dor do mundo, e definitivamente não desejava se perder na pequenez de suas angústias.
Mas, é a inquietude, tem hora que não passa.


Pensou em escrever um pouco, precisava medicar-se nas palavras, o dia passava vagarosamente.


quinta-feira, 27 de junho de 2013

Sobre o encaixe do amor.



Perdoe meus afastamentos silenciosos, às vezes escandalosos, de ti. Mas, eu, você, todos nós sabemos dos ajustes que merece qualquer tipo de união.
Nascida assim comigo mesma fui sempre acostumada às minhas próprias doçuras, e da água que eu vim o amor é jorrado pra fora.
Foi ai que eu encontrei noutro canto na pedra que por ali passava que tinha gente que quase não jorrava.
E não é mesmo que eu vi que nem só de água se fazia amor...
Eu vi que nas mãos calejadas de um tempo às vezes injusto com você se faziam as notas dos sentimentos que ninguém conseguia ver.
Ali no som que saía era o que você pedia, um pouco mais de calma e paz, pra alguém que não sabia jorrar.
Mas, que singelo, que sutil, aos meus olhos transborda tanto.
De uma forma que eu não vou mesmo saber explicar, porque quanto eu ouço você cantar dá pra sentir o amor bonito que mora ai dentro.
Essa alma que habita o sentimento, na delicadeza de uma melodia leve.
É doçura também... e me faz feliz.
Aprendi que cada um se transborda num lugar, eu pela palavra, você no cantar.

Rafaela Alves


Nessas cordas cabe uma alma inteira.

Rafaela Alves


Ele não sabia que a música que ele fazia, era para ela o mesmo que olhar o céu.
Carregado de uma grandeza, uma beleza, uma paz, que nunca soube explicar.
Só cabia sentir e sorrir.

Rafaela Alves


E o desejo de ser feliz era implacável dentro dela.


Rafaela Alves

Havia dor, havia sorriso
Era a vida exigindo equilíbrio

Rafaela Alves


Talvez eu sopre a mim mesma demais para fora.
Mas, se eu me calo eu me engasgo na transparência que eu nunca soube cobrir.


Rafaela Alves

Era inverno, e no inverno só o abraço aquecia.



Rafaela Alves

terça-feira, 25 de junho de 2013


O sopro.



Era um dia comum de trabalho, um frio danado e ela mantinha aquele pensar incomum de sonhadora, que por dentre os segundos da responsabilidade cotidiana se deixava voar um pouco para suas vontades insanas de realizações de sonhos bonitos.
Pois bem, algumas vezes parece que existe uma vontade, um sopro qualquer de força que faz das pessoas mais corajosas perante seus objetivos. Hoje era dia de sopro para a menina de pensamentos incomuns.
(ou talvez como ela, tantos outras por ai passem despercebidas, meninas sonhadoras com cara de pés no chão, ou não)
Mas, o que vim mesmo frisar é sobre o sopro e do quanto é sábio aproveitá-lo.
Porque a menina ao senti-lo soube que poderia mudar alguma coisa nela e na vida que ela tinha. Mas, vejamos que isso também não é tão instantâneo quanto miojo. Só que é de passos que se faz a caminhada.
Por isso falo da sabedoria que ela tinha por compreender que o sopro era possibilidade de asas abertas no horizonte. E ainda entender que horizonte se faz de penhasco e de céu azul, com pinceladas alaranjas e sol quentinho.
É preciso então não perder o foco do céu, uma vez que o penhasco permanece ali para abocanhar qualquer falha da sonhadora menina que busca seus objetivos.
E de metas ela encheu sua cabeça, sabiamente a primeira delas era manter a calma e serenamente pensar em tudo o que deseja conquistar.
Depois escreveu numa folha colorida (porque era furta-cor todos os sonhos dela) tudo aquilo que deseja na vida. Deixou espaços, porque sabia que ainda viriam novos sonhos com o passar dos dias.
E passou então a dedicar-se àqueles tópicos floridos que faziam nascer em seu rosto sorrisos.
Vou contar que o que ela não sabe é que com o passar do tempo ela estava só fazendo da vida dela os sonhos que sempre teve. E que coisa mais bonita do que viver da forma que se deseja?

Rafaela Alves

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Desmascarando a hipocrisia interior.



Tem tantas coisas a serem ditas, tantos protestos a serem feitos, tantos ajustes coletivos e individuais para serem 'startados'.
É até difícil organizar minhas ideias no que diz respeito ao mundo e a mim mesma, nesse vai e vem 'senti-mental' (e essa palavra se encaixou tão bem para mim). Porque de alguma forma, penso que é uma luta, ou talvez dança, entre pensamentos e sentimentos, que mais me reconheço com corda bamba interior, do que equilíbrio (de torres de cartas talvez, um sopro pode ser demolidor).
Mas, convém então dizer que não é tão dramático assim. E com os anos de vida que já adquiri nessa aprendi a ser bailarina nas cordas das provas que já vivi.
Tudo bem, a gente é meio indisciplinado tem hora, e acaba esquecendo certas coisas que já foram ditas e até vividas no gosto salgado que tem certos aprendizados.
Habitualmente a gente vem sendo testado em nossas verdades, buscando provar para ninguém mais, ninguém menos do que nós mesmos, o quanto a hipocrisia é também interna.
É tão fácil vivenciar pequenos gestos de grandeza no bem e depois que eles passam a gente entra numa zona de conforto na falta de preocupação insana com as coisas do mundo e da gente também.
Acho que tem coisa que tem mesmo é que ser insana!
Insana vontade de mudar o mundo, e ele não muda se não começar do interior individual de cada um. E não se modifica o interior de ninguém, então o foco insano se volta exclusivamente para nós mesmos, todo tempo.
É preciso incessantemente agir e falar de acordo com nossos ideais.
Eu desejo uma natureza existente, ampla, pura e preciso ser um ser humano na atitude sustentável diária.
Eu desejo um Brasil na ordem e no progresso efetivos e preciso ser um ser humano honesto e que luta por isso.
Eu desejo um mundo de pessoas na atitude do evangelho de Jesus, no amor e na caridade e preciso ser uma pessoa nessa prática e nessa disseminação.
Eu tenho sonhos, objetivos, que me despertam o sorriso só de pensar e preciso ir atrás deles para concretizar em minha vida a alegria de estar aqui e ser sem hipocrisia eu mesma, escancarada na verdadeira face dos meus desejos. Na atitude insana de fazer-me feliz.

Rafaela Alves

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Horizontes estão sempre carregados de esperança.

Coloca delicadamente teu barco no rumo, e segue.
A vida é mesmo um rio de cantos floridos e horizonte bonito.

Rafaela Alves :)

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Desabafo transparente.


Quem me dera ser feita de um auto-controle emotivo qualquer. A gente costuma por pra fora parte da alma, e reconheço a dificuldade de entender meus desabafos banhados nas lágrimas fáceis aos meus olhos.
Na verdade nem eu, nem ninguém saberá por completo entender o que se passa por dentro de alguém. É preciso morar por dentro pra saber. E a todo tempo, porque é uma mudança, transformadora de pensamentos e sentimentos, tão veloz e cíclica que nem nós mesmos sabemos o porque de um desespero alheio segundos atrás.
Geralmente o silêncio se encaixa feito luva poupando copos d'água tempestuosos sem necessidade alguma de serem derramados. Mas, eu que aqui escrevo estampando minha alma em transparência, venho dizer que  acordei nesse mundo e não aprendi a ser silenciosa com minhas verdades. Tão pouco aprendi a reservar-me em doçura feliz quando meus olhos d'água necessitam ser esvaziados em desabafos sinceros de mim mesma. E eu sei que será confuso, difícil de compreender (confesso que na maioria das vezes eu me pego incompreensível) mas, eu não poderia deixar de exercer toda essa minha 'verdadeirice' aguda.
Depois passa, porque também passa minha correnteza. Na verdade eu sempre costumo ser rio baixo, mas não só de plenitude vive o homem, aliás tão pouco, plenitude é busca incansável na maioria de nós.
Importante mesmo é saber que tudo isso passa, como passa o tempo curador de toda alma inquieta.
E que a minha inquietude passe, como também a inquietude que causo no outro com meus copos d'água tempestuosos. Porque quando a gente serena o que fica mesmo é o pensamento do rastro de angústia que se deixou ao derramar nossa alma invadindo a do outro, sem saber se lá o copo estava vazio ou cheio demais para receber nosso mar.
Rafaela Alves

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Do que eu poderia falar.

Eu poderia falar sobre flores, amor, sorrisos e afagos sutis em madrugadas frias.
Poderia falar talvez de lágrimas, suspiros, olhares baixos ao mesmo tempo que olham horizontes, perdidos num infinito lilás-alaranjado.
Poderia falar do bem e do preocupado, como quem fala da mistura 'senti-mental' dos seres.
Poderia falar de amanheceres quentinhos no inverno da cidade, e também de noites azul-marinho estreladas, solitárias ou não.
Poderia falar da lua cheia amarelada, brilhando e anunciando ela mesma na imensidão escura e poderia falar da lua nova, discreta, singela renovando os ciclos sem alardes.
Eu poderia, mas achei que o silêncio me seria mais colorido hoje.


Rafaela Alves

quinta-feira, 13 de junho de 2013




Não sei, mas acho que o mundo anda meio carregado de altos e baixos.

terça-feira, 11 de junho de 2013



Sentou-se silenciosamente no banco do ônibus, pouco povoado com aquelas pessoas de final de expediente, rostos cansados, fones de ouvidos e conversas diárias.
Manteve o som bem alto, também era de fones a sua fuga das ruas solitárias.
E pensando, num segundo e noutro em todos os assuntos que lhe afligiam a alma, seus olhos mergulharam-se no mar discreto, pelo receio que tinha perante o mundo de ser sensível demais.
E entre uma curva e outra, num desespero qualquer, levantaram-se uma mãe e uma filha para se sentarem juntas no banco duplo mais alto do ônibus.
E o mergulho dos olhos foi mais intenso nesta hora, porque no peito batia a saudade e um desejo de que as horas voltassem e tudo fosse como uma segunda-feira qualquer às seis da tarde, de anos atrás, num ônibus sentadas naquele banco mais alto, cheio de alegrias.
Pensou o quanto uma pessoa era feita de soluções e esperança bonita. Sentiu falta da palavra amiga, um abraço grande e sorriso doce.
Depois desceu do ônibus secando as lágrimas para enfrentar a vida como quem não tem saudade.

quinta-feira, 6 de junho de 2013



Eu me vestiria então de verdade e sorriso pra dizer ao mundo o quanto tens me coberto em lençóis de amor.
Cantaria junto aos pássaros para amanhecer o brilho dos meus olhos quando te vejo ao meu lado.
Forjaria o relógio pra estender o tempo que temos para viver o abraço apertado que tanto conforta.
Pintaria o céu, como diz a letra da melodia bonita no violão, nas cores do arco-íris, porque a sua companhia me faz assim furta-cor.
E nós, então, dançaremos a felicidade.
Nos vestindo de alma e amor para o mundo também se encher da esperança que a companhia faz.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Do olhar e da presença 'borboletil'.



Foi ai que ela passou a ter um olhar borboletil.
E talvez ela tenha inventado essa palavra, querendo expressar a leveza e o colorido dos olhos depois que o encontrou. Assim, de pertinho. Porque até um tempo atrás a menina do olhos de borboletas não sabia do encaixe perfeito que tinha aquele braço acolhedor.
Quando deu por si era tarde pra querer voltar a ter olhar de casulo solitário, sem forças para bater asas coloridas por ai.
Era tarde porque os olhos já entregavam a alegria voejante que quebrara o casulo da alma. Era tarde porque o coração inundado já transbordava de saudade do abraço, do beijo, da presença que também é borboletil (de tão suave e bonita que é).
Era tarde porque percebera que não era mais só uma semente que habitava seu coração. Brotou, e de alguma forma, sem perceber, germinada a semente se tornou planta. E agora cresce, a cada regar diário que ele faz, sem saber que só o sorriso já acalma, que só um entrelaçar de dedos revigora e o olhar... ah esse tem a profundeza mesma que o céu.
Era ele, o de presença borboletil, que fazia o dia nascer com mais vida, porque ainda que as janelas estivessem fechadas quando acordava ao seu lado, o sol já raiava nos olhos.
E aquela luz, clareava a presença das borboletas oculares e acusava que ali não havia mais casulo, nem solidão. Bateu asas, voou, deu lugar para alegria e amor.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Pensamentos desorganizados, sobre roseiras.



Costumava nutrir pensamentos demais. Tentava ocupar um tempo inocupável, na esperança de que os pensamentos deixassem de ser algo além do racional necessário, inteligência básica para uma sobrevivência no dia a dia material do mundo. Assim como ele é, seco, conturbado, atarefado que encobre, feito a poluição, o bonito da vida.

É o bonito... mas, todo bonito carrega consigo uma sutileza que dá brilho ao horizonte dos olhos, sutileza da qual o mundo, corrido, absurdo da desilusão de que felicidade é dinheiro, ou qualquer outra realização soberba, esse mundo que não sabe ser sutil.
E pesando nisso, eu num mundo que não sabe ser assim percebi que quando me nutri das coisas bonitas fui sutil demais a ponto de me perder, sofrer, no mundo que também não sabe acolher.
São pessoas demais vivendo, nutrindo e cultivando uma beleza (digo beleza querendo dizer sentimentos), que ferem, assim como roseiras. Penso se esses (eu) que pretendem ainda, depois de calejados, ser roseiras adubadas de sentimentos, que são bonitas, mas ao mesmo tempo ferem. Se ser assim seria certo, num jardim que quase ninguém quer cultivar a rosa, já que pra isso tem que se valer do espinho.
Pra falar a verdade, eu que já penso demais e me mantenho deveras confusa comigo mesma, estava me questionando se em mundo de gente ferida ainda dá pra cultivar rosa colorida, de beleza, sentimento, sutileza. Dessas que o mundo aqui não sabe.
Pensando nisso creio que admito que pra nutrir isso na gente tem que se reconhecer não pertencente ao mundo em que se está. Na verdade não, é só caminhar aqui com uma cabeça de lá.
Lá... do mundo onde a sutileza é natural, e sentimento não costuma ser algo perigoso, ou receoso qualquer.
É nesse mundo (guardado no peito, no lado esquerdo) que vivem todas as possibilidades belas de se sorrir quando o dia nasce, e junto ao dia nascendo tem alguém abrindo os olhos de preguiça do seu lado.
Tem guardado nele todo um efeito de olfato, tato, paladar, sussurro qualquer que faz das seis horas um desabrochar daquelas rosas carregadas de sentimento.
Esse mundo que gente pisa cauteloso, assim meio que um passo lá, outro cá, porque tem aquela velha história de quem já provou do espinho e sabe que toda rosa é bonita, mas vai te ferir uma hora ou outra.
Tudo bem então, quer dizer que rosa nenhuma agora vai ser colhida só por conta da ferida de uma outra rosa qualquer?
É que eu penso que com toda essa beleza que a rosa (amor) tem, os espinhos não deveriam ser levados em conta. Sei lá, deve ser porque mesmo que eu fure o dedo, vale a pena encostar na rosa e trazer ela pra perto, sentir o perfume.

É confuso, agora eu já nem sei se encaixaram o mundo, o coração, a sutileza, o sentimento, o espinho, tudo num fluxo único de pensamentos desorganizados qualquer falando sobre roseiras.
Não sei se são roseiras ou pessoas de tão perfumadas que algumas são. Sei que eu suspeito ainda ser moradora de um mundo que costumam chamar de coração.
Quero a roseira mesmo que ela tenha espinhos, porque também sou roseira e sei da dor de ferir e ser ferido.  Mas, sei também do perfume, e daquele suave brilho que tem a pétala. Só dá pra ver de pertinho...


Vai menina, fecha os olhos. Solta os cabelos. Joga a vida. Como quem não tem o q
ue perder. Como quem não aposta. Como quem brinca somente. Vai, esquece do mundo. Molha os pés na poça. Mergulha no que te dá vontade. Que a vida não espera por você. Abraça o que te faz sorrir. Sonha que é de graça. Não espere. Promessas, vão e vem. Planos, se desfazem. Regras, você as dita. Palavras, o vento leva. Distância, só existe pra quem quer. Sonhos, se realizam, ou não. Os olhos se fecham um dia, pra sempre... E o que importa você sabe, menina. É o quão isso te faz sorrir.

- Caio Fernando de Abreu.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Sobre o que não dá pra explicar.



Não sei se amor foi feito pra se entender, ou planejar, algo racional, exato ou matemático qualquer.
Se foi feito pra cronologicamente funcionar, igual relógio de bateria nova, cada segundo no seu lugar.

Amor mesmo, não tem hora, nem lugar, não tem exato, nem dá mesmo pra entender.
Mas, em algum determinado espaço de tempo, respiração, afago, olhar qualquer ele se manifesta.
Assim, bem sutil e grandioso. Amor tem dessas coisas, sabe ser leve e avassalador.

Amor sabe crescer devagarinho e tomar conta sem que a gente perceba que ele já inundou a alma.
Amor sabe sorrir de levinho, ser bonitinho, sem que a gente se esforce pra agradar. É que agrada só de ser natural.
Amor às vezes mete medo, por ser assim às vezes cedo demais pra amar.
Na verdade amor é mesmo algo pra não pensar. Deixar ir assim, flutuar. Na água, sei la.
Mas, é que eu gosto desse deslizar que o rio faz na pedra, costuma me acalmar.

sábado, 16 de fevereiro de 2013