quarta-feira, 28 de abril de 2010

Daquilo que poderíamos ser.


Poderíamos ser um pouco de sorvete de flocos, um pouco do lado gelado e doce do sorvete, gelado não por gelo propriamente dito, gelado nos momentos mais quentes, gelado quando está tudo já a ponto de fervor.
Poderíamos ser também companheiros de dança, nas noites em que voaríamos sobre o céu, talvez também nos dias, dançar sob a luz do sol, da lua, pisar em estrelas, passear.
Poderíamos então passear por alguns campos, sermos borboleta e pássaro, sermos flor e grama, onde a grama (você) faz da flor a coisa mais bonita do mundo, amor.
Poderíamos ser amor, amor no sentimento assim por si, afeto, carinho, abraço. Sermos eu e você em qualquer lugar, sendo juntos. Seríamos então outro ser quando unidos, como se você fosse apenas você quando só e comigo o mesmo, mas juntos, juntos seríamos outra coisa, inexplicável. Alguma coisa mais bonita, mais iluminada, mais feliz.
Poderíamos então ser a felicidade, tipo um conjunto de sorrisos diários, e noitários (essa palavra iria existir só no nosso mundo), seríamos beijos de chocolate, ou de halls com água gelada (perdoe-me os pensamentos pervertidos), seríamos filmes no escuro, pipoca, e sob cobertas e abraços no frio, seriamos banho no verão, seríamos dois em um, quando juntos estivéssemos.
Arrisco então a dizer que seríamos esse amontoado de coisa boa durante toda a vida, porque seríamos cúmplices, seríamos companheiros, amizade acima de tudo. Seríamos confiança, mãos dadas, desejo, e doces palavras.
Digo seríamos porque não somos, é triste dizer, não somos na verdade nada disso, não somos na vida em que vivemos, mas na minha cabeça, somos.. seríamos.. seremos.. na minha cabeça, nas minhas palavras, nos sonhos.
Seríamos como conto de fadas, está no papel, mas não sabemos ao certo se são realidade em algum lugar do mundo, universo talvez.


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