quinta-feira, 27 de junho de 2013

Sobre o encaixe do amor.



Perdoe meus afastamentos silenciosos, às vezes escandalosos, de ti. Mas, eu, você, todos nós sabemos dos ajustes que merece qualquer tipo de união.
Nascida assim comigo mesma fui sempre acostumada às minhas próprias doçuras, e da água que eu vim o amor é jorrado pra fora.
Foi ai que eu encontrei noutro canto na pedra que por ali passava que tinha gente que quase não jorrava.
E não é mesmo que eu vi que nem só de água se fazia amor...
Eu vi que nas mãos calejadas de um tempo às vezes injusto com você se faziam as notas dos sentimentos que ninguém conseguia ver.
Ali no som que saía era o que você pedia, um pouco mais de calma e paz, pra alguém que não sabia jorrar.
Mas, que singelo, que sutil, aos meus olhos transborda tanto.
De uma forma que eu não vou mesmo saber explicar, porque quanto eu ouço você cantar dá pra sentir o amor bonito que mora ai dentro.
Essa alma que habita o sentimento, na delicadeza de uma melodia leve.
É doçura também... e me faz feliz.
Aprendi que cada um se transborda num lugar, eu pela palavra, você no cantar.

Rafaela Alves

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