sábado, 23 de outubro de 2010

Sobre infinito e liberdade.


Houve um tempo em que o medo era grande, houve medo de escuro, de bixo papão, de pedalar a bicicleta, de ir no primeiro dia de aula, de curar machucado.
Houve tempos em que as paixões eram eternas, as pessoas eternas, os dias eternos. Houve o fim de algumas coisas.
Houve sufoco, choro, desespero e luta. Houve também riso, alegrias, danças e abraços.
E quando se viu havia tanta coisa por dentro que parecia ser feita de infinito, feita de brisa, e alguns trovões, de sol, estrela, risada e lágrima.
Ela tinha o gosto da bala de goma açucarada, de algodão doce desmanchando na boca, gosto de nuvem, de azul.
E quando deu de abrir os braços parecia pássaro, era a liberdade por dentro.
Não se procupe se ela passar correndo e quase não parar no caminho, é que pra quem tem o infinito e a liberdade, não pode impedir a vontade de chegar sempre além.
E convenhamos, ir além é sempre bom, o céu não pode ser o limite. Ela acha que em cima dele tem alguma coisa bem bonita e que não pode deixar de ver.

- Rafaela Alves.

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