terça-feira, 19 de outubro de 2010


Feito uma faísca, percebi um cisco de tristeza por dentro, não acendeu, mas senti. Como quando faíscas de fogo no ar nos fazem fechar os olhos e recuar, dei um passo para trás e parei.
Por tão pouco não cai, talvez ainda tenham mais faíscas, talvez não, e tomara que não.
Me veio a mente as palavras que me disseram e eu quase não entendi, o riso era grande, poderia ainda ser, mas hoje se fechou.
O tempo esfriou, nublou e eu fui junto, nem o sol mais tarde me resolveu por dentro, permaneci inverno.
Não que haja algum gelo muito denso, mas senti gotículas salgadas por dentro, mas elas estarem por dentro não significa que não me doeu, está doendo ainda.
Não que isso possa me derrubar, mas não é sempre que o equiíibrio permanece.
Espero que seja por hoje apenas, essa coisa salgada, esse nublado, espero que seja passageiro esse mal estar.
Eu olho as cores do dia, mas aqui dentro ainda é cinza. Que no caminho eu encontre um arco-íris para entrar nele. Ou mesmo algum chão fofinho de grama para repousar, eu sou mesmo fã de verde.

- Rafaela Alves.

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