domingo, 29 de agosto de 2010

Sorrir e rir.


Por tanto tempo busquei um motivo bem forte e enorme para sorrir, passei uma boa parte do tempo correndo atrás de um riso eterno, desejando além das minhas forças o sorriso que não vinha.
Então, quase sem querer, o sorriso caiu em mim como uma luva, permaneceu, doce, leve, ficou em mim. Como se o meu ser fosse sorridente, fizesse parte o lábio esticado, os dentes a mostra.
E o motivo forte e enorme? Não tenho, ou não sei dele, os motivos de hoje são simples, não que sejam pequenos e fracos, mas são plumas, brisa, motivos mansinhos que tomam por inteiro.
Talvez isso seja mais forte e grande do que qualquer outra coisa.
Não tive que me agarrar em nada mais do que o vento, nada mais do que um sentimento, nada mais do que a mim, para poder sorrir assim, um riso gostoso feito de criança.
Não precisou de tanto tempo assim, rir vem no segundo, e é infinito dentro da alma. Creio que o sorriso tenha um toque de anjo, tenha alguma coisa parecida com arco-íris, tenha nuvem.
Tão simples e carrega tanta coisa bonita. O desejo é só que ele permaneça, e permanece, porque os motivos eu já tenho, e nem por decreto me perco deles.

- Rafaela Alves.

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